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domingo, 4 de agosto de 2013

Introdução a um blog que não fala sobre absolutamente nada


Tenho um blog novo [palmas do público].


Podia escrever num diário, num pedaço de papel escondido como os velhos e talentosos poetas. Mas tenho menos talento e mais ânsia por exposição.

Algo que deviam saber sobre mim. Gosto de passear de bicicleta pelo Parque. Tem todas as vantagens. Dá-me a possibilidade de exercitar e aproveitar o ar puro, mas acima de tudo proporciona-me uma sempre rica reflexão de antropologia enquanto queimo calorias.

Um dia normal no Parque. 
A destacar: 

Comecemos pelo básico. Há sempre o vulgar pervert sentado num banco de jardim, de perna alçada com as suas calças de terylene. Não sei que tipo de satisfação é que ele tira ao estar ali a olhar para mulheres de meia-idade vestidas com calças de fato-de-treino. Mas não vou julgar.
Sim sim, pode ser um pedófilo bucólico. Não tinha pensado muito nisso.

Depois há os casais muito apaixonados, os casais mais ou menos apaixonados, os casais menos apaixonados, que decidem ser radiantes/miseráveis ao ar livre. 

Há sempre as famílias numerosas com mesas de plástico e geladeiras que te fazem sentir mal porque achas de repente que estás a invadir a sala de jantar deles quando te aproximas.

Há aquelas pessoas que levam os seus cães minúsculos a passear. Juro que deve haver um concurso do qual não estou suficientemente a par que consiste em levar o canino mais pequeno a passear e conseguir que ele não saia de lá espetado numa roda 26 (o cão era absolutamente fofo e só me apeteceu roubá-lo e fugir-mos juntos em direcção ao pôr-do-sol).

Depois a nível pessoal, há sempre aquela vergonha pública de esconder os teus esgares de dor física quando passas por outras pessoas. 

O que eu gostava de parecer...




 O que eu realmente pareço...




E finalmente, aquele momento de algum desconforto quando tens de ultrapassar uma pessoa com mobilidade reduzida na sua cadeira de rodas. Nunca me habituei a esta. 

E é isto. Já chega. Já não tenho mais nada para dizer.

Adeus então.


2 comentários:

  1. A consciência da inconsciência da vida é o mais antigo imposto à inteligência. Há inteligências inconscientes - brilhos do espírito: Jo!

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    1. Vítor, obrigada por visitares o estaminé. Obrigada pelas palavras mas olha que exageraste um bocado. :)

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