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quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Memórias de 2015

Ver, tocar, ouvir, sentir, provar.

Continua em 2016 a corrida com o tempo para agarrar a vida que esperneia.

Cracóvia, 2015

Cracóvia, 2015

 Cracóvia, 2015

 Paris, 2015

 Paris, 2015

 Cracóvia, 2015

  Cracóvia, 2015


  Cracóvia, 2015

  Paris, 2015

 Paris, 2015


  Cracóvia, 2015

  Cracóvia, 2015

  Paris, 2015

  Varsóvia, 2015

 Paris, 2015

 Paris, 2015

  Londres, 2015

  Berlim, 2015

 Zurique, 2015

  Zurique, 2015 (com a querida Joana M.)

  Basileia, 2015

 Berlim, 2015

  Roma, 2015

  Roma, 2015

  Roma, 2015

 Berlim, 2015

 Roma, 2015

  Berlim, 2015

  Roma, 2015

  Roma, 2015

  Roma, 2015

  Roma, 2015

  Cracóvia, 2015

  Paris, 2015

 Paris, 2015

  Paris, 2015

  Varsóvia, 2015

 Paris, 2015

 Berlim, 2015

 Berlim, 2015


 Roma, 2015

  
Roma, 2015


A minha companheira Nikon, ruas de pessoas e lambretas, amigos, tardes quentes, noites frias. ´

2015 na ponta dos dedos e nas solas dos pés. 

E olhem pronto, vou-me embora. Sejam felizes.


Memórias de 2015 - Islândia em Fotoretrato

Porque recordar é viver.

Olho para estas fotografias e ainda sinto o frio no corpo e o quente do coração.








































E quero voltar, quero voltar. Até ao meu regresso Islândia. 

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Memórias de 2015 - Os velhos amigos

Para as alturas boas, as más, as assim-assim.

Para quando demoramos 50 e-mails para combinar uma data para estarmos juntos.

Para quando não sabemos tirar uma foto em modo de disparo.



Para quando chegamos à idade em que os tupperwares são propriedade fundamental e devem ser devolvidos ASAP. 


E quando somos o espelho uns dos outros e percebemos que no essencial somos os mesmos desde a altura em achávamos que bifinhos com cogumelos é que era muito bom.

E não é mau. Assim com umas batatinhas.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Memórias de 2015 - Neve na Islândia

Foi para fins de Março que ficou organizada a nossa ida à Islândia. Março e Abril, pensaram os tolos, seriam meses de Primavera, mais suaves. Nas várias noites cá em casa em que organizávamos a expedição, revíamos os planos com cenários concretos em mente. Cenários que envolviam algum branco, mas o verde e o castanho também. O poder visual da transição de estação.

Até que chegámos.

E nevava, tinha nevado, estava a nevar e continuaria a nevar. Branco até perder de vista.



Esta foto foi tirada num dos primeiros dias do nosso percurso, que teve como objectivo dar a volta à ilha através da Ring Road (estrada principal que percorre toda a Islândia). Este dia em particular foi engraçado, porque ao final do dia, depois de termos visto coisas bonitas como cascatas e geysirs com tempo agradável (dentro do contexto), tínhamos um pequeno cocó à nossa espera nesse dia.

Entrámos no jipe já com o pôr-do-sol a aparecer e pusemo-nos a caminho do hostel. Ora o hostel ficava fora da estrada principal e nós nessa altura ainda não éramos críticos a essa situação. Saímos da Ring Road e continuámos o caminho.

O engraçado foi que a poucos kilómetros do hostel, enquanto uns faziam sandes de mortadela no banco de trás, o carro foi diminuindo velocidade e parou. Porquê? Porque, apercebemo-nos nós mal saímos do carro e enterrámos as nossas perninhas até ao joelho. Porque aquela estrada tinha neve para, e acho que o termo correcto aqui é mesmo, para caralho.

Ah, mas não há problema, pensei eu estupidamente enquanto tirava fotos dos arredores (prioridades, carpe diem, essas merdas), empurra-se o carro. Só que não. Não mexia, não mexia.

Ah mas não faz mal, com certeza que teremos algo para remover a neve que está debaixo do carro. Temos, uma pá igual àquelas que damos aos miúdos para eles fazerem castelinhos na areia (uma nota de ressalva para o optimismo da companhia que nos alugou o carro).

Ah, mas não faz mal (mas já dito com uma certa desconfiança): temos o número do hostel e alguma coisa se vai resolver. O facto de a Islândia não ter ursos e de eu ter visto durante o dia Clios intocados a andarem naquelas estradas acalmava-me um bocado (mais tarde observaríamos alguns tristemente espetados fora da estrada, mas naquela altura a ignorância era felicidade). Falei com a moça do hostel por telefone, muito simpática e tal, que nos diz que nos vem buscar. Maravilha. Alguém quer uma sandes de mortadela?

20/30 minutos depois começamos a ver as luzes de um carro lá ao longe. E nós alto, afinal estamos safos. Até que lá ao longe, o carro pára. Uma certa confusão da nossa parte, mas ainda confiança cega na nossa equipa de salvamento. Os minutos passam e o carro mantém-se no mesmo sítio. A nossa confiança começa a esmorecer, a esmorecer, dando mesmo lugar ao desespero por parte de um dos membros do interior do carro (não vou dizer nomes João), que sendo um escuteiro de corpo e alma, decide transmitir a mensagem ‘S.O.S.’ em sinais de luzes. Nada.

Muitos minutos mais tarde, o carro ao longe finalmente avança. Juro-vos que isto filmado era a curta-metragem mais deprimente de sempre, mas nós estávamos a viver aquilo intensamente, até porque merdas acontecem. Eu já me imaginava a ter que ser obrigada a comer mais pão de forma com mortadela, ter que fazer xixi no escuro e no frio, caminhar a pé para Reiquiavique até pedir boleia a um Guodmundir qualquer que me raptaria e me daria pedaços de bacalhau desfiado dentro de uma jaula até ao final dos meus dias.

Mas como não estava escrito que o nosso desaparecimento fosse notícia no Correio da Manhã “4 portugueses foram encontrados sem vida numa estrada da Islândia com mortadela e chourição na mala de trás”, o jipe aproximou-se, cumprimentámos (o jipe da moça também ficou preso), agradecemos muito, pás de gente foram usadas para desengatar o carro da neve, cordas daquelas d’homem foram atadas aos carros e saímos dali.

Foi um final feliz. Entrámos no hostel quase pelo telhado e ficámos a saber que éramos os únicos hóspedes num hostel de cento e trinta e tal quartos (continuo chocada com a absurdidade da situação). Foi uma espécie de ‘Shining-experience’ com as saídas de emergência todas tapadas com gelo (o que eu irracionalmente achei giro e mostrei aos amigos todos pelo Messenger). Comemos muitos hamburgers, cantámos e tocámos canções do Rui Veloso e no dia a seguir fomos embora.

Fim.


Nota: Fora de brincadeiras, a neve e aquela infinita paisagem branca fez mais pela minha paz de espírito do que 500 monges budistas poderiam fazer. Caminhar distâncias em estradas desertas no meio de um planalto que mais se assemelhava a nuvens foi das experiências mais bonitas da minha vida (lágrimas nostálgicas).

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O Queque do Povo

Contexto: Eu sou uma pessoa que a) deixa queques do Continente para trás e b) tem simpatia por ideais de esquerda. Como é que estes dois mundos se abraçam, explico agora.


Há um mês fui provocada por abandonar queques disformes e esmigalhados na prateleira aqui da sala de trabalho, o que consequentemente, e sem grande explicação lógica, deu comigo a dar a minha palavra perante os meus colegas que caso existisse um acordo assinado à esquerda comeria este queque. E cumpri ontem. Estava seco e colava-se aos dentes, mas valeu a pena. 

O meu percurso de activista começou ontem com um queque fora do prazo, poderá acabar num futuro longínquo, numa selva da Guatemala. Aguardemos. 

(Ou pode simplesmente passar por um trabalho mal remunerado em Valongo. Provavelmente, sim.) 

domingo, 25 de outubro de 2015

Amor de avó



À minha avó Carmen que me ensinou a encarar a vida com um sorriso e sempre com um passo em frente. Viveu e viu-me crescer em frente ao mar, com ele sempre ao lado das nossas conversas, histórias e das nossas vidas. Estarás comigo em cada som de cada onda. Adeus avó.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Fóssil de um não-emancipado

Mãe e filha encontradas abraçadas passados 4000 anos.





Emocionei-me.

Vi hoje esta notícia e fiquei super agarrada durante cinco minutos a percorrer aquela ideia de como o amor é transversal ao tempo e todas essas descargas eléctricas de Absolutos que temos de vez em quando. No meu caso, sempre que sou apanhada por uma música antiga dos Roxette. Quando digo apanhada quero dizer, voluntariamente ligando na M80 e esperando apaixonadamente que passem a Listen To Your Heart. Nada me faz ficar em sintonia com o Cosmos como a Listen To Your Heart. Não me peçam para explicar.

Retomando o assunto. Estava a ler a história mais atentamente, a emoção inicial baixou um bocadinho e finalmente caiu-me a ficha.

Se um dia, daqui a outros 4000 anos acontecer qualquer coisa de trágico em Portugal (estou a falar trágico-terramoto-trágico, não trágico-este-tupperware-não-vai-ao-microondas-trágico), o problema para os arqueólogos vai ser imensa. Lembrei-me do meu primo Zé que tem 35 anos e vive em casa com a mãe. Daqui a milhares de anos os senhores escavadores não vão perceber estas subtilezas.

Isto preocupou-me. E depois fui cozer massa esparguete.